Os guardas passam por Haldüryn e admiram a sua armadura nórdica que dança em 'claques' de metal. "Antes intimidante do que morto", tenta justificar o visual pesado e cansado. Mas Haldüryn é antigo. Tão antigo como as muralhas daquele pequeno lugar.
Whiterun, uma vila-cidade tipicamente nórdica, com telhados solarengos que brilham de dia e sopram fumo de lenha quando cai a noite. Um lugar perdido no tempo e esquecido pelos deuses. Mas não pela sua gente, dividida entre nórdicos que adoram Talos e imperiais, que desejam governar aquelas terras estrangeiras.
Mas Haldüryn é um homem simples. A sua política resume-se a duas coisas: livrar Skyrim de homens maus e perversos, e caçar dragões.
Foi com essa vontade que saiu de Whiterun, rumo em direção a um forte habitado por bandidos e renegados e desertores sem causa própria. No que toca a assassinos, Haldüryn não pensa sequer duas vezes. Não há nenhuma razão especial para o fazer. O machado está nas suas mãos. O arco nas suas costas. Magias elementares dançam na mão esquerda. Só há um trabalho, um dever, e ele sabe que ninguém mais pode tomar o seu lugar de justiceiro. Só Haldüryn, velho e louco, sem nada a perder, se pode dar ao luxo de se esgueirar por uma torre vigiada de homens selvagens e limpar o forte de dentro para fora.
Lydia, a sua escudeira inexperiente ficou longe de perigo, num acampamento à espera pelo regresso do velho herói.
HALDÜRYN:
"Não posso confiar em ti ainda."
LYDIA:
"Mas se não me deixares provar o que valho, nunca saberás."
HALDÜRYN:
"Saberei quando chegar a hora certa. Cuida dos cavalos. Não vou demorar."
Para todos os efeitos, Haldüryn não se enganou. Não demorou meio-dia para que retornasse do forte, agora abandonado. Na sua mochila de pele encantada trouxe todo o ouro que Lydia alguma vira. Afinal de contas, o bom herói não é aquele que joga pelas regras, mas sim aquele que dobra as regras sem nunca parecer que adulterou o jogo.
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